Freemos o aluguer das nossas cidades

O Concelho de Santiago de Compostela, governado polo PSdeG-PSOE, vem de aprovar o projeto de construçom dum Hard Rock Café na praça do Toral, na zona velha da cidade. Assim, a corporaçom municipal dirigida por Sánchez Bugallo, deixa mui clara qual é a sua visom sobre a conservaçom do casco histórico e a sua posiçom na luita contra a gentrificaçom e a turistificaçom; nom lhe importam.

Mentres cada vez mais setores da nossa sociedade, como as associaçons de vizinhas e de comerciantes locais, demandam que se defendam os pequenos negócios, que se criem postos de emprego destinados a habitantes e nom para os turistas e que se conserve a imagem da zona velha compostelá, o governo municipal prefere vender-se aos interesses do grande capital e o dinheiro fácil do turismo, que destrói mais do que creia. O casco histórico de Santiago de Compostela é muito mais que as suas pedras ou a Catedral. Nom existe sem habitantes nem comércios locais.

Desgraçadamente, o caso deste novo edifício em Santiago é só um exemplo mais de desleixo e de políticas feitas a base de grandes contratos ou titulares, que acabam por trazer mui poucos benefícios ao conjunto da classe trabalhadora. Mália que se vendem como geradores de emprego ou dinamizadores da atividade comercial, estas cadeias acabam por criar péssimas condiçons de trabalho com salários miseráveis e por competir contra os pequenos comércios locais, que nom sempre podem resistir. Nalguns casos, a implantaçom deste tipo de negócios acaba por provocar inflaçom de preços nos edifícios do redor, obrigando às tendas tradicionais a fechar e trazendo, de novo, mais multinacionais e mais precariedade.

Com contratos como o assinado por Sánchez Bugallo, as cidades galegas estam a encher-se de grandes cadeias, sem apego nem relaçom com o nosso país e contra as que os pequenos comércios nom podem competir. Assim é que se vam baleirando os baixos dos edifícios e, pela subida de alugueiros e a escasseza de serviços, vam marchando os residentes. Com o passo do tempo, devagar, vam morrendo os centros das cidades e aparecendo os circos de luzes de néon, a inseguridade e os empregos precários e estacionários.

Desde Galiza Nova pedimos que se freie a creaçom desta nova cadeia e chamamos a defender as nossas vilas. Nom podemos permitir que o turismo destrua o património das nossas cidades e que faga mais precárias, se cabe, as condiçoms laborais da classe trabalhadora galega. A través da campanha #AindaVivoAqui, seguiremos reclamando o acesso a umha vivenda digna e cidades feitas para viver nelas, nom só para que as visitem.