Este mundo nom nos fará más persoas. Artigo Jose Rodríguez

Jose Rodríguez é Responsábel Nacional de Movementos Sociais de Galiza Nova

7 de outubro de 2024. Há um ano exacto acordávamos com as imagens dum ataque exitoso da resistência palestina em pleno coraçom do território ocupado. As imagens da operaçom denominada «Dilúvio de Al-Aqsa» inundárom deseguido os meios de comunicaçom e as redes sociais em todo o mundo. Porém, mentres as solidárias com a causa palestina intentávamos analisar este golpe à inteligência sionista com surpresa e esperança, o sistema começou a criar um relato para nos forçar a ter umha postura contrária.

É neste momento que se pom em marcha a maquinaria dos meios de comunicaçom massivos. Até entom, o conflito nacional que sofre o povo palestino era um consenso global claro, os roles de oprimidas e opressoras estavam repartidos num cenário que ninguém questionava. Estar a favor ou em contra da plena soberania palestina desde o rio até o mar era umha postura que diferençava a esquerda da direita. Assim e tudo, as grandes imprensas do sistema começárom a mover o marco do debate.

De súpeto, apresentárom o relato dumha resistência palestina inimiga dos «valores democráticos» que representa o Occidente —uns valores defendidos no Levante mediterrâneo em exclusivo polo Estado de Israel. Pugérom o foco em Hamas, desligando-a do resto da resistência para assim criar um monstro fictício, um boneco de palha sobre o que centrar a sua narrativa de ódio. Quantas mais atrocidades cometidas por Hamas surgiam, mais bondades do Estado sionista apareciam de maneira antitética.

Neste marco de debate criado polo imperialismo, o consenso global sobre quem era o sujeito oprimido e quem exercia a violência passou a diluir-se, embora tivéramos diante dos nossos olhos um genocídio retransmitido as 24 horas do dia —que ainda a dia de hoje nom cessou. O sistema forçou-nos a questionar umha das relaçons de dominaçom coloniais mais claras dos nossos tempos.

Mentira a mentira e com a completa inacçom da chamada comunidade internacional, criminaliza-se a solidariedade internacionalista, censuram-se as vozes que pedem o cessar-fogo do genocídio e detem-se com a violência policial qualquer acçom reivindicativa que questione o relato imperante. O próprio imperialismo força-nos a deixar de reivindicar umha Palestina livre de ocupaçom e soberana.

Porém, um ano depois, a solidariedade internacionalista segue firme na denúncia do genocídio e no apoio da resistência palestina, que se nega a deixar de existir após 76 anos de ocupaçom. Ante a repressom e a impotência que pretendem instaurar em todas as luitas organizadas, o compromisso por nom abandonar o povo palestino segue em pé, já que, com o campo de batalha na Palestina, o confronto do imperialismo une-nos a todos os povos do mundo num combate colectivo.

Desde a Galiza e com um rol subalterno dentro do nosso conflito nacional queremos aportar em pé de igualdade à rede internacionalista fazendo pressom aos governos da Xunta e do Estado espanhol para que rompam relaçons políticas e económicas com um Estado genocida.

Ademais, como mocidade galega precarizada de maneira acentuada polo capital, sabemos que a luita é o único caminho. Nom compramos o seu marco nem antes nem agora. Seguimos mostrando o nosso apoio total à resistência palestina e seguimos denunciando o genocídio e a ocupaçom sionista porque reivindicamos a nossa solidariedade com esta, umha causa justa. Estamos certas de que a Palestina vencerá.

Nós temo-lo claro: este mundo nom nos fará más persoas.

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